terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Então é natal

Então é natal
e esses malditos foguetes
agitando os cães
e os burgueses
essa onda capitalista não me conquista
essa idéia alugada
será que é só eu de cara?
e o resto da humanidade embriagada...
vai ver o velho Noel
já entregou as garrafas..
por favor bom velhinho
onde tá a minha cachaça?

Sempre assim

É sempre assim
sempre mais dolorido
quando te pega no inicio
assim..
desprevenido..
é sempre assim
devia ser proíbido
ser tão sincero
e distraído...
você não deveria ter me ouvido
eu não devia ter te dito....nada
é sempre assim
chega a ser cansativo
é sempre assim
pelo menos comigo
é sempre assim
acho que gosto do caos
e me viciei em finais infelizes
sempre assim
mas hoje é quase normal
colecionar cicatrizes

Onda estranha

Onda Estranha

Eu te procurei
algo me chamava
as luzes da cidade
ou a solidão da casa
se era lua cheia
eu não sei
não sei
acho que era a madrugada...
de fato te encontrei...
on line.....
ali....
na tela quadrada....
que onda estranha...
a gente aqui....
na mesa ao lado....
trocando idéias...via guardanapos...
eu já não sabia..
o que acontecia...
mandava guardanapos...
você não me respondia...
me apaixonei..
fiz planos sobre o vácuo....
o tempo ainda passava...
e eu na solidão do espaço....
que onda estranha...
a gente aqui....
na mesa ao lado....
trocando idéias...via guardanapos...

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A MELHOR SAFRA



A  MELHOR SAFRA

EU SEMPRE VOU ESTAR  NAQUELA ESQUINA
MESMO QUE NUNCA O QUE NÃO HOUVE SE REPITA
MESMO QUE A VIDA PINTE O MURO
COM OUTRA TINTA.
EU SEMPRE VOU ESTAR NESSE LUGAR
NO MESMO BAR...NA MESMA MESA EM TU VIDA...
MESMO QUE NUNCA
EM VIDA ALGUMA SEJAS MINHA.
E SEMPRE VOU GUARDAR AQUELAS NOITES
NO PORÃO ENTRE OUTRAS SAFRAS E GARRAFAS
NA ADEGA DE ILUSÕES
NAS MÃOS DO TEMPO
QUE HÁ DE ADOÇAR E SUAVIZER ESSES MOMENTOS....
MARCADOS NAS VINHAS
O AROMA DE CADA ALEGRIA
A CADA TAÇA....TODO DIA.
E ANTES QUE A PAIXÃO DESSES ANOS TORNE A NOS EMBRIAGAR...
UM BRINDE!
AO ACASO....
AO QUE SOBREVIVEU....
E A CRONOS
QUE PENSA QUE VENCEU.


De: Diou


Ode à Judas (Capitalismo selvagem)



Ode à Judas (Capitalismo selvagem)

Compra-se...
Vende-se...
Entrega-se...
O companheiro por dinheiro.


De: Diou

Porto Alegre

Porto Alegre

 Meu coração em Porto alegre Sempre encontra uma razão
Como se não bastasse o fim do sol no Guaíba.
 E meu coração
 Por mais que ande
Nunca vai longe.
Ancorou pra sempre nesse rio
 No pôr de sol mais lindo que ele viu.

 De: Diou

A MELHOR SAFRA

A MELHOR SAFRA EU SEMPRE VOU ESTAR NAQUELA ESQUINA MESMO QUE NUNCA O QUE NÃO HOUVE SE REPITA MESMO QUE A VIDA PINTE O MURO COM OUTRA TINTA. EU SEMPRE VOU ESTAR NESSE LUGAR NO MESMO BAR...NA MESMA MESA EM TU VIDA... MESMO QUE NUNCA EM VIDA ALGUMA SEJAS MINHA. E SEMPRE VOU GUARDAR AQUELAS NOITES NO PORÃO ENTRE OUTRAS SAFRAS E GARRAFAS NA ADEGA DE ILUSÕES NAS MÃOS DO TEMPO QUE HÁ DE ADOÇAR E SUAVIZER ESSES MOMENTOS.... MARCADOS NAS VINHAS O AROMA DE CADA ALEGRIA A CADA TAÇA....TODO DIA. E ANTES QUE A PAIXÃO DESSES ANOS TORNE A NOS EMBRIAGAR... UM BRINDE! AO ACASO.... AO QUE SOBREVIVEU.... E A CRONOS QUE PENSA QUE VENCEU. De: Diou

Mudanças

Mudanças É bom que se pense Assim se pesa E é bom que passe Assim não cansa Assim É bom que exista essa mudança Que se desestresse e... Que seja leve... Breve...breve...breve. Diou

Ausência

Ausência Dizem que Deus lhe deu o dom de se ausentar E assim vive o poeta a velejar Visita o passado Sonha o futuro Hoje, Ele nunca está. Diou

Devaneios

Devaneios A loucura do teu dia-dia A mesma loucura que te persegue numa rua escura Que senta ao teu lado E come em tua mesa Agora Será a loucura dos yogues A mesma dos yankes? E o delírio das cavernas Hoje Arte pós moderna?::;::::;?/?? De:Diou

Saudade

Saudade Só o que passou Meu coração ama de verdade. Assim sou eu Uma estátua de sal... De saudade. De: Diou

Inspiração

Inspiração Sabe musa Que tudo te dará o poeta O céu...o mar e as estrelas Mas seu amor é todo da poesia E tu, musa Não és mais que matéria prima para esta Não fazes mais que alimentar sua criação És tinta na paleta do artista No quadro que ele pinta Que não é sua vida, Haja vista que ele não vive Apenas sorve, sente, sonha, só. De: Diou /2005

A FÁBRICA

A FÁBRICA Os sonhos voam lá fora E eu aqui na fábrica. Sonhos são passarinhos Que não fazem ninhos nessas chaminés... Aqui nada nasce Tudo é programado Nada vive...nada cresce Tudo é dissecado Comprado...vendido e embalado. A fábrica é fria Apesar dos fornos é fria Mesmo no verão a fábrica é fria É uma geladeira vazia Congelada...doentia E os sonhos voam lá fora No calor do lindo dia Fora da gaiola existe vida. Os sonhos voam lá fora.

Cegueira

Cegueira Uma homem lamenta ..pois é cego Porque não aprendeu a ver Só a lamentar. Tendo visto tudo Eis a conclusão É muita dádiva Pra pouca gratidão. Diou

Esconderijos

Esconderijos Prontos ou não lá vou eu Se vai doer..já doeu Já bateu e esqueceu São coisas do céu e do mar Ninguém passa o Bojador Sem sentir essa dor De ser um...de ser dois...de ser mil E de uma hora pra outra não ser mais ninguém... No mar...na imensidão Na multidão escondida Dentro de cada ferida. De: diou

O Tratado final dos espelhos De: Dalton Santos/Diou

O Tratado final dos espelhos De: Dalton Santos/Diou Vamos quebrar o pacto dos espelhos Romper o seu tratado final E dar vazão a toda essa loucura A este misto de ódio e ternura Ignorar as possibilidades reais Correr atrás do que não faz sentido Vamos inventar as nossas próprias memórias O que não aconteceu também faz parte dessa história Vamos correr como loucos No meio da multidão Enquanto os outros dançam Flutuar pelo salão Vamos voar...dentro do carro Vamos curtir...esse é nosso barato Vamos pular...pela janela do quarto Do 9º andar...sem medir o impacto Eu sei que muitas portas ainda vão bater na minha cara E quando eu precisar sair Estarão todas trancadas....vamos correr como loucos... No ritmo doce dos dias Que passam velozes Enquanto fecham as feridas abertas no tempo... Vamos ouvir os clássicos dos anos 2030 E esquecer a novidades destes dias que passaram Anos 80,90 são lendas e só... só o futuro é real

Ecos do silêncio

Ecos do silêncio De: Diou/1999 Ecos do silêncio Concebidos na noite Noites inteiras De frio e solidão Nos cantos da cidade Da cidade vazia Crianças se dividem Em pequenas guerrilhas Em cidades vazias Em pequenas guerrilhas Um paraíso perdido Com anjos decaídos Um futuro improvável Em constante perigo No pequeno dia-dia No imenso underground Onde os ratos projetam Nosso grande final No pequeno refúgio Da coluna social Uma bela fachada Pra sessão policial Em cidades vazias Em pequenas guerrilhas No imenso underground O nosso grande final.

Para noites frias

Para noites frias De: Diou Vejo distante No horizonte Esta luz sempre a crescer Senta na beira Dessa fogueira E deixa o fogo aquecer Desliga tudo Segue teu rumo Em tudo que é artificial Mergulha fundo Me leva junto Nesse mundo perdido e real Esquece tudo..segue teu rumo Esquece o que vão te dizer Esquece tudo ...segue teu rumo E faça o que deves fazer E a cor do lenço Lembro o teu filho Da morte a sentença final Seja chimango Ou maragato O sangue é vermelho igual Repara agora Na tua volta Na noite que cai de repente Respira a brisa Que ilumina A chuva que esse céu suspende.

Depois que o céu rachou

Depois que o céu rachou De: diou Meus poucos momentos contigo Da vida os mais verdadeiros Meus cinco minutos de glória O meu maior pesadelo Nas ruas por onde eu passava Ninguém mais me reconhecia E toda essa realidade Parecia fantasia E nada era além Do que parecia Nada de truques Nenhuma magia Era realidade Só o que parecia Já faz tanto tempo eu não sonho Que as vezes esqueço que vivo Nessa inconsciente procura De tudo que eu necessito E o que será que seria se fosse de outra maneira Se o que você não aceitava Agora é tua bandeira Feridas que o tempo deixou Que agora são só cicatrizes E as folhas que o vento levou Hoje elas já são mais livres.

Prefácio - poesias e letras 1997-2013

Prefácio
Minha poesia é pura dor
Mas não atentem para isso
Afinal
O que é dor senão conseqüência da poesia
Impressa na vida
Gerada no amor
Nascido no tempo
E com ele voltando ao papel.
E analisando bem cada parte
Como a vida imita a arte
Aqui se faz
E aqui se pinta a tela.
Diou













Depois que o céu rachou                                                De: diou

Meus poucos momentos contigo
Da vida os mais verdadeiros
Meus cinco minutos de glória
O meu maior pesadelo
Nas ruas por onde eu passava
Ninguém mais me reconhecia
E toda essa realidade
Parecia fantasia
E  nada era além
Do que parecia
Nada de truques
 Nenhuma magia
Era realidade
Só o que parecia
Já faz tanto tempo eu não sonho
Que as vezes esqueço que vivo
Nessa inconsciente procura
De tudo que eu necessito
E o que será que seria se fosse de outra maneira
Se o que você não aceitava
Agora é tua bandeira
Feridas que o tempo deixou
Que agora são só cicatrizes
E as folhas que o vento levou
Hoje elas já são mais livres.
Para noites frias     De: Diou

Vejo distante
No horizonte
Esta luz sempre a crescer
Senta na beira
Dessa fogueira
E deixa o fogo aquecer
Desliga tudo
Segue teu rumo
Em tudo que é artificial
Mergulha fundo
Me leva junto
Nesse mundo perdido e real
Esquece tudo..segue teu rumo
Esquece o que vão te dizer
Esquece tudo ...segue teu rumo
E faça o que deves fazer
E a cor do lenço
Lembro o teu filho
Da morte a sentença final
Seja chimango
Ou maragato
O sangue é vermelho igual
Repara agora
Na tua volta
Na noite que cai de repente
Respira a brisa
Que ilumina
A chuva que esse céu suspende.
























Ecos do silêncio        De: Diou/1999
Ecos do silêncio
Concebidos na noite
Noites inteiras
De frio e solidão
Nos cantos da cidade
Da cidade vazia
Crianças se dividem
Em pequenas guerrilhas
Em cidades vazias
Em pequenas guerrilhas
Um paraíso perdido
Com anjos decaídos
Um futuro improvável
Em constante perigo
No pequeno dia-dia
No imenso underground
Onde os ratos projetam
Nosso grande final
No pequeno refúgio
Da coluna social
Uma bela fachada
Pra sessão policial
Em cidades vazias
Em pequenas guerrilhas
No imenso underground
O nosso grande final.




























O Tratado final dos espelhos     De: Dalton Santos/Diou
Vamos quebrar o pacto dos espelhos
Romper o seu tratado final
E dar vazão a toda essa loucura
A este misto de ódio e ternura
Ignorar as possibilidades reais
Correr atrás do que não faz sentido
Vamos inventar as nossas próprias memórias
O que não aconteceu também faz parte dessa história
Vamos correr como loucos
No meio da multidão
Enquanto os outros dançam
Flutuar pelo salão
Vamos voar...dentro do carro
Vamos curtir...esse é nosso barato
Vamos pular...pela janela do quarto
Do 9º andar...sem medir o impacto
Eu sei que muitas portas ainda vão bater na minha cara
E quando eu precisar sair
Estarão todas trancadas....vamos correr como loucos...
No ritmo doce dos dias
 Que passam velozes
Enquanto fecham as feridas abertas no tempo...
Vamos ouvir os clássicos dos anos 2030
E esquecer a novidades destes dias que passaram
Anos 80,90 são lendas e só... só o futuro é real
Esconderijos
Prontos ou não lá vou eu
Se vai doer..já doeu
Já bateu e esqueceu
São coisas do céu e do mar
Ninguém passa o Bojador
Sem sentir essa dor
De ser um...de ser dois...de ser mil
E de uma hora pra outra não ser mais ninguém...
No mar...na imensidão
Na multidão escondida
Dentro de cada ferida.



De: diou











Cegueira

Uma homem lamenta ..pois é cego
Porque não aprendeu a ver
Só a lamentar.
Tendo visto tudo
Eis a conclusão
É muita dádiva
Pra pouca gratidão.


Diou















A FÁBRICA

Os sonhos voam lá fora
E eu aqui na fábrica.
Sonhos são passarinhos
Que não fazem ninhos nessas chaminés...
Aqui nada nasce
Tudo é programado
Nada vive...nada cresce
Tudo é dissecado
Comprado...vendido e embalado.
A fábrica é fria
Apesar dos fornos é fria
Mesmo no verão a fábrica é fria
É uma geladeira vazia
Congelada...doentia
E os sonhos voam lá fora
No calor do lindo dia
Fora da gaiola existe vida.
Os sonhos voam lá fora.







Inspiração

Sabe musa
Que tudo te dará o poeta
O céu...o mar e as estrelas
Mas seu amor é todo da poesia
E tu, musa
Não és mais que matéria prima para esta
Não fazes mais que alimentar sua criação
És tinta na paleta do artista
No quadro que ele pinta
Que não é sua vida,
Haja vista que ele não vive
Apenas sorve, sente, sonha, só.


De: Diou /2005










Saudade

Só o que passou
Meu coração ama de verdade.
Assim sou eu
Uma estátua de sal...
De saudade.



De: Diou
















Devaneios

A loucura do teu dia-dia
A mesma loucura que te persegue numa rua escura
Que senta ao teu lado
E come em tua mesa
Agora
Será a loucura dos yogues
A mesma dos yankes?
E o delírio das cavernas
Hoje
Arte pós moderna?::;::::;?/??

De:Diou













Ausência

Dizem que Deus lhe deu o dom de se ausentar
E assim vive o poeta a velejar
Visita o passado
Sonha  o futuro
Hoje,
Ele nunca está.



Diou


















Mudanças

É bom que se pense
Assim se pesa
E é bom que passe
Assim não cansa
Assim
É bom que exista essa mudança
Que se desestresse  e...
Que seja leve...
Breve...breve...breve.


Diou










A  MELHOR SAFRA

EU SEMPRE VOU ESTAR  NAQUELA ESQUINA
MESMO QUE NUNCA O QUE NÃO HOUVE SE REPITA
MESMO QUE A VIDA PINTE O MURO
COM OUTRA TINTA.
EU SEMPRE VOU ESTAR NESSE LUGAR
NO MESMO BAR...NA MESMA MESA EM TU VIDA...
MESMO QUE NUNCA
EM VIDA ALGUMA SEJAS MINHA.
E SEMPRE VOU GUARDAR AQUELAS NOITES
NO PORÃO ENTRE OUTRAS SAFRAS E GARRAFAS
NA ADEGA DE ILUSÕES
NAS MÃOS DO TEMPO
QUE HÁ DE ADOÇAR E SUAVIZER ESSES MOMENTOS....
MARCADOS NAS VINHAS
O AROMA DE CADA ALEGRIA
A CADA TAÇA....TODO DIA.
E ANTES QUE A PAIXÃO DESSES ANOS TORNE A NOS EMBRIAGAR...
UM BRINDE!
AO ACASO....
AO QUE SOBREVIVEU....
E A CRONOS
QUE PENSA QUE VENCEU.
De: Diou


Porto Alegre

Meu coração em Porto alegre
Sempre encontra uma razão
Como se não bastasse o fim do sol no Guaíba.
E meu coração
Por mais que ande
Nunca vai longe.
Ancorou pra sempre nesse rio
No pôr de sol mais lindo que ele viu.


De: Diou















Ode à Judas (Capitalismo selvagem)

Compra-se...
Vende-se...
Entrega-se...
O companheiro por dinheiro.


De: Diou





Velhos ditados

Pois é amigo
Certeza é coisa que eu não tenho
E sem meus porquês de onde eu venho
Mas talvez as melancias tomem seu desenho
No deslizar da carruagem.

De: Diou



6 cilindros

O fim sugere um   recomeço
E a partida um regresso
A morte ensina uma esperança
E o medo exige mais coragem
Amigo a vida é assim mesmo
E só nos resta aceitar
Pois se agora tudo é triste
Saiba mais tarde vai passar
A noite longa em Porto alegre
Vamos acelerar
Com dois cilindros de vantagem
Ninguém vai nos alcançar
(inimigos...na trincheira...guantanamera militar.e a ilha...não se curva...as águas turvas desse mar...)*
O que aprendi você já sabe
Enquanto é dia nunca é tarde
O que está dentro já faz parte
A noite acaba e o dia nasce...outra vez.
• Letra incidental: Guessinger







É o fim do inverno     Letra/Música: Diou

A queda....o impacto...o corpo  no chão....
As notas .....a alma...o som do violão..
Nas fotos..lembrança....o outono passou
Foi junto com as folhas que o vento levou
No corpo.as marcas...o cheiro e o batom
Da noite passada..da última vez
Nada vai mudar o que aconteceu
Nem  vai derrubar o muro que se ergueu
Vamos embora no vácuo do furacão
Fugir da loucura...do frio..da escuridão
É o fim do inverno anunciando o verão
As coisas da vida na nova estação
Nos violões canções de amor
Filmes de guerra...guerras e dor
É o fim de outra tarde que não vai voltar é olho no olho
Até a vista cansar...
Voar sem fronteiras....livres....
Suspensos no ar
Mais leves que o vento e com ele..
Onde ele levar.



De: Diou


Recomeçar
Recomeçar
Ver a semente na terra
Ver esperança nos olhos
De quem já não espera
Recomeçar
Partindo de novo do zero
Erguer a cabeça e andar
Depois do fim
Deus...nos deu o dom
 E eu fui  inteligente o suficiente
Pra ver a cor
De um novo dia
De novas possibilidades
É que sempre depois da tempestade
 O céu se abre
E um astro rei
Nos traz de volta pra luz...pra luz...
Pra iluminar
Não vou ficar...melhor partir
Você não vê que hoje o tempo passa depressa demais
Na vida
O eterno cair...levantar..
Partir...ficar ...chorar....
E recomeçar.
De: Diou

Rosa mãe dos ventos

Tudo que nos une
No fim nos separa
E se para segue
Consegue e se espalha...
Vai ganhando asas
No meu pensamento
Flor da tempestade
Rosa mãe dos ventos
Cada um já chegou
Onde quis e afinal
Só esqueceu de prestar
Atenção ao sinal
Sabe amigo eu não sei
Eu só sei que mudei
Olha só para nós
Como o tempo passou.

Letra: Diou







O fim    De: Dalton Santos? diou
Você sabe o que é melhor pra você
Eu sei o que é melhor pra mim
E prefiro a solidão
A continuar assim
Sozinho
Esperando um telefonema
Que não...que eu sei que nunca vai tocar
Já fui...se Deus quiser dessa pra outra melhor
E o fim
Você já sabe de cor
Mas eu não quero passar
Mais nenhum domingo assim
Pensando ...será que ela ainda pensa em mim
A vida é feita de momentos
Que eu acredito  devem ser felizes
Mas se você não pensa assim
Então fique
Sozinha...esperando um telefonema.....
Letra : Diou







Passageiro    De: Dalton/Diou (2003)
“tô” passando...
Tudo é passageiro
Se não for por inteiro...tudo bem
A gente fica no meio (estou passando)
“to” passando
Estou sem paradeiro
Estou sem eira nem beira
Nem dinheiro
Estou por mais uma noite
Ou se você quiser...
Por mais um ano inteiro
Baby uma noite eu sei
Pode ficar esquecida...
Mas também pode ser parte da vida
Isso só vai depender de você....
Isso só vai depender de você.


Letra: diou






Tá bom, amor!

Ela chama vêm...não resisto...
Ela fala assim de um jeito
Ela sabe meu ponto fraco
E não tem piedade....ela é flecha
Eu sou alvo
Eu que sempre fui durão
Agora caído no chão
E nem estou a fim de me erguer
Quem me viu...quem me vê ...
Tá bom eu estou secando os pratos
Já lavei a roupa e vou trocar as crianças..
Tá bom amor não fica braba
O seu banho está pronto
E eu to fazendo a janta.....
Mas amor...lá não tem mulher..
Tá bom amor..como você quiser
Agora cala a boca e anda...
Tá bom amor..
É você quem manda...
Letra: diou/2003





Sobre o pó
Isso é só mais daqueles desabados sem sentido algum
É apenas o que eu acho não me leve a  mal
E breve isso também vai ser história como todo o resto
Um traço a nossa trajetória num papel impresso...
E a roda gigante do tempo não vai mais parar....
Era 1997 quando tudo começou
Ou talvez tivesse começado antes disso com os discos do irmão
Com seu novo mágico brinquedo...um violão
Quando descobriu que voar não era mais complicado que escrever uma canção
A velha era a nova cidade
Eram anos 80 e 90 em reunião
uma brecha no tempo se abrindo...um intervalo na solidão....
tudo tinha novos gostos e formas
e o lilás novos tons de neon 
tudo tinha em si mesmo resposta e a juventude me dava razão....
logo que  deixou a ilha e descobriu no continente uma nova paixão
tinha só 15 anos...fogo nos olhos e vento no coração......
tinha medo e impaciência...poucas pedras
pra muitos gigantes....
pagou o preço...ardeu no inferno
e agora era maior do que eles
chegou tão alto e afinal conseguiu tudo que queria....
até o dia que ali parado...surgiu do nada aquela menina
tinha agora batendo no peito uma nova razão...
e deixou tudo pra trás...já derrubara muros demais
mas como em todos momentos sabia que o tempo não estava ao seu lado
e quando ela estava ao lado de outro sentiu que perdeu e agora
o gosto amargo da derrota
as lágrimas de um idiota
viu a felicidade tão de passagem
que achou melhor seguir viagem
e quando o brilho daquele tempo
os amigos...e as festas a luz do último bar se apagou
agora era ele sozinho de novo
tenente... coronel...general e exercito...
(é amigos...há muitas guerras...algumas a gente luta sozinho/*Moacir Scliar/O exército de um homem só)
E depois  de um dia difícil
Um homem tem que aprender a dormir e a rescussitar.

De: Diou/2003














Luz       De: Diou / 2003

Quando te beijo é algo...é palco
É claro...
É claro que é dia feliz
Toda alegria do mundo...reside...no fato..
Na forma...da tua boca.
Todos meus sonhos se encontram
Guardados ...debaixo...da tua roupa....
Minhas canções só querem te tocar
Minhas palavras beijar teu ouvido
De um jeito doce...selvagem...amigo
Querem te contar
O que três taças de vinho
Fizeram comigo...
Luz que ilumina..
Sol que desfaz a neblina
Num céu de anil
Paixão à primeira vista.







Quando tudo acontece

Nesse lugar de incertezas mil
Alguém passou olhou e nem me viu
E eu virei a cabeça
Invadi tua festa
Eu mergulhei num mar de silêncio
Acreditando que nada presta
Assistindo a minha vida passar
Como fosse uma telenovela
Eu saí do ar
Me espatifei  no chão
E ninguém....ninguém....
Ninguém me deu a mão....
Depois de tudo eu acordei e vi
Nada mudou desde que eu nasci
E por mais que eu quisesse
Quando nada se espera
É que tudo acontece.

Letra: Diônata/2005






A queda da ficha


Ah!! ( Leia-se o “ ah!!” de quem descobriu o maior mistério do universo)
A vida é mulher!
Só isto explica tanta crueldade em tamanha beleza.

Diou/2003

Último cigarro

É amigo
A vida deixa marcas
Pelo caminho...garrafas vazias...
Muitas baganas no chão
E um último cigarro
Quem dera os fósforos
Não tivessem terminado.

Diou/2003







No tempo de um sonho     De: Diou/Dalton/2003

Nosso amor dura o tempo de um sopro
Dura até você abrir a porta
Até bater o telefone
Até você confundir o meu nome
Nosso amor é um tiro no escuro
É uma bala pela culatra
Um bumerangue...vai e volta
E vai e vai até a porta...
É cego...mas como todo amor...enxerga m ais
Do que precisava ver...
Se não fosse o relógio
Hoje não acabaria
Não acabaria mais
Nosso amor dura o tempo de um  gozo
Dura até você tremer o corpo
Acaba antes do cigarro
Antes que acenda a luz do quarto.








Advogados de Hawanna

Nessa terra sem lei
Quem tem um olho só é rei
Quem não tem prancha é surf wear
Nessa terra de ninguém
Quem tem um sonho sabe bem
Quem não tem prancha
É surf wear também..ou...
Advogados de Havanna....
Nesse  universo do caos
Vamos botar pingos nos ‘is’
Quem não tem caça usa fuzis
Pois nesse mundo tão dual
O que não fala em sacanagem tem conotação sexual...
Engenheiros de hawanna ..
Advogados do Hawaii
Ou de outro paraíso tropical...
Perdido por aí

De: Diou/2004






A hipnose das chamas    Letra : diou/ 2005

Um dia ele saiu pra andar
Na noite dos seus desatinos
Num bar da vida à beber vinho
Afogar certezas no caminho...
Foi quando o tempo viajou no tempo e descobriu  a calma
E essência estranha e fina do elemento alma
Foi quando o cara surpreendeu a todos e acordou do coma
Das ilusões deste mundo
Da hipnose das chamas...
Um dia viu o mar e entendeu o que passava
A vida não era assim tão vulgar e qualquer coisa saciava...














Guerra     Letra : Diou/2005

Olha
Amigo esse mundo é uma guerra
E lá fora o inimigo te espera
E pode ser qualquer um
Pode ser qualquer um que olhar
Pode ser qualquer um a mirar
Olha
O teu peito é um alvo aberto
O disparo é seco e é certo
E já não vai haver dor
Já não vai haver dor nunca mais
Nem coração...nem pavor...nem paixão
Alguns palmos abaixo do chão.












Me acorde cedo    Letra: Diou/2005

Me acorde cedo
Quero despertar agora desse pesadelo
Pois já passou a hora de ter medo
Me acorde cedo
Pois já se foi faz muito aquele tempo
E águas passadas só movem palavras
E no fim dá tudo no mesmo
Com o mapa...de carro....a pé ou à esmo
Alguém sempre vai chegar e revirar teus planos
Te fazer feliz depois sumir nos anos
Alguém sempre vai acabar cedendo
Baixando a guarda amando e sofrendo
Me acorde cedo
Mesmo que doa todo mundo ama
Hesita um segundo e levanta da cama
Que mesmo sem vontade a máquina não para
A boca cerra o coração não cala
E enquanto eu puder eu vou seguir andando...
Agradeço a carona eu já tenho outros planos...me acorde cedo.






Noites de samba  Letra: diou/2005

A saudade vem do mar
Do marinheiro Simbad
Vem de eras tão distantes
Vem querendo te encontrar
A saudade vem do nada
De repente vira samba
Viram mil e uma noites de folia e gente bamba
A saudade está no ar
Coração é um passarinho
Voando longe de casa
Querendo voltar pro ninho
Vem saudade vem com tudo
Deixa um beijo pra Bahia
E vai rever teu Portugal
Vai saudade lá no fundo
Deixa na língua do mundo uma pitada do teu sal ( lágrimas de Portugal)
A saudade vem do mar
Da princesa Sherazad
Vem num turbilhão de histórias
De amores do além mar.





O mundo inteiro               Letra: diou/2005

O mundo é velho
Velhas noticias bomba
Lançadas de avião
O mundo é novo
Chio de nova idéias
Um jovem cheio de ilusão
O mundo é complicado
Sobra informação
É um satélite pra cada coração
Eu acho que o futuro é um caminhão
Na contra mão
O mundo é pouco
É pouco espaço pra tanta pretensão
O mundo é louco
Pouco sanatório pra tanta ambição
O mundo ao meio
Não sobrarão frações pra tanta divisão
O mundo inteiro
Não será suficiente
Pra tanta arma de destruição.





Iluminação     letra: Diou/2004

Hey meu amigo pessimista
Nada é tão mal
E nenhum mal pra toda vida
Hey meu amigo não desista
Confie em deus
O tempo vai curar tuas feridas
Depois do inverno vai chegar um notícia
Uma esperança...uma criança
Tua filha
Que vai iluminar a tua vida
Hey meu amigo essa tristeza
É passageira..e amanhã vais perceber
Amanhã vais descobrir outra beleza
E com certeza encontrarás uma saída ( uma menina)
Que vai iluminar a tua vida.










Todo dia    LETRA: DIOU/2005

Está chovendo... eu não me preocupo
Se hoje vai fazer calor
Hoje tem sol
Eu não me preocupo
Se mais tarde vai chover
Vivemos tranqüilos
Eu e você
Temos o suficiente pra sonhar
Nós somos legais
Com o mundo e eu não entendo por quê
Essa gente não pára de falar
Porque todo dia..é todo dia
E o que será que tem de errado com a gente meu amor
Vivemos cercados de hipocrisia
Mas graças a Deus em casa temos paz
Vivemos cercados de mentes pequenas
Mas aqui dentro o nosso mundo é bem maior.








Como antes     Letra : Diou/2003

Baby quando tudo acabou
Eu não queria falar com ninguém
Aceitei aminha sorte cruel
E me entreguei
 E por respeito a minha dor
Preferi ficar calado
Dispensei a luz do dia e escolhi
A escuridão do meu quarto
Na companhia burra da TV
No papel de quem não sabe perder
Mas cedo ou tarde era preciso voltar e parar com os calmantes
Era preciso recomeçar e fazer como antes
Aquela bala me machucou
Eu estava pronto pra entregar o jogo
Mas a ferida cicatrizou
Eu levantei e comecei de novo.









As fotos
As fotos do desastre eram tão lindas
Pareciam Picasso
Parecia um quadro
Era você sorrindo
Era um fim de tarde
O fim da verdade
Era tarde
Muito tarde.


De: diou/2009















As velhas roupas do rei                            De: diou/2011

O povo trama a corda
Que envolverá o seu pescoço
Dança e não conhece
O ritmo do jogo
A política da selva
A lei dos tribunais
Depois que provarem teu sangue
Sempre vão querer mais e mais e mais...
O homem é o lobo dos filhos de Adão
E as roupas do rei
Ninguém pode ver
O rei está nu
Nu no poder
Nossa senhora que já não está
Nenhum bom pastor vai nos salvar.










Margaridas

No quintal semeei margaridas
O sol se pôs e outra cor me pintou
No varal estendi as feridas
Vento veio e secou minhas tintas
Nada é pra durar
Perfumes da estação
Paisagens
Noites de verão saudades
Mas sabe o coração que é tarde
De certo já se foi
Quem nunca aqui passou
Nada é pra durar.

De: diou/2012











Do interior    Letra: diou/2012

Eu que não vim do interior
Que não fiz revolução
Pergunte aos meus cacos
A história não perdoa os fracos
E nem os banqueiros
Que emprestam dinheiro
A juros altos ninguém me ajudou
Nem mesmo os coveiros
Que enterram banqueiros
A sete palmos...ninguém me salvou
Quem não tem coragem perdeu a viagem
 E o tempo passou
Minha barba cresceu e  também a cidade
E da mocidade pouco me restou
Nem mesmo o amor não acreditou
Quando eu disse que vinha ela me abandonou
Foi contando comigo que eu fiz a estrada
E nela hoje eu sou doutor.







Metalingüística

O corpo de Cristo na padaria
O sangue na adega
Hora do lanche
Num curto clichê
Tão deselegante
A boa fé
Da plebe enche a mesa
E os bolsos da máfia na hora do jantar
A estupidez tá no ar
Em nacional cadeia...
Santa ceia...santa ceia..santa ceia....


Diou/2012











Na cama      Diou/2011

Cortei o cabelo e perdi uns 20 quilos
Fiz um poema maciço com pouco verbo
Definitivo
E assim deixei solto no ar
Tudo que vier depois
Sempre pesa mais
Eu nunca sei o suficiente
Tem sempre alguém que sabe mais
E pensa diferente
Quem sempre sabe
Sempre se engana
Nem todo mundo faz amor por amar
Nem todo amor
Satisfaz...na cama...
Se é só desejo
Melhor não evitar
Lar doce lar disse alguém sem pensar
Sem pretender acabou por casar
Deixou a vida só para evitar
A solidão inimiga de quem não tem paz.






Que fazer?    Letra: diou/2000

Meu amigo..com licença
Já é tempo de partir
Dar um  passo...ir em frente
Enfrentar e decidir
É a vida que exige
Eis o fim nossa razão
E as bandeiras tremulando
Sugerem revolução
Nossa luta dia-dia
Inventar o que fazer
Nesse insano desafio
De sonhar e de viver
Sob as leis de uma rotina
Que nos faz envelhecer
Anos luz em um segundo
Pra no seguinte renascer
Tirar forças..da fraqueza
Do caos total uma invenção
Em palavras sem sentido
Encontrar qualquer razão
Cai a noite na cidade....o luar sobre o sertão
E o vento até parece assoviar uma canção...
Verdes tantos longos anos que passei
Gente tanta certas coisas nunca mais.



No ritmo incessante e louco que inventei
Do meu relógio de ponteiros doidos...que parou..
Pra ver o tempo passar.





















A banda toca

Hoje a banda toca
Como nunca tocará
Nenhum sentido alcança o tempo além
Do relógio do lugar
Por mais estranho que pareça
O que  o espelho quer falar
Nada mais estranho que as palavras
Que não queremos aceitar
Uma brisa leve afasta
Tudo que me faz pensar
Deve ser a madrugada
Fazendo sombra sobre o mar
Criança andando na calçada
Um velho querendo voar
Não existe idade certa
Para se apaixonar
Hoje a felicidade pinta
As ruas em que vou pisar
E onde quer que haja vida
Ela vai brilhar.





Delírio



Atenção
Senhoras...senhores...
Platéia cativa dentro de mim
Não há mais que um laço
Um pequeno...frágil e fino traço
Servindo qual marco divisório entre a loucura
E a lucidez
Entre a estratégica realidade de uma guerra
E o inconcebível delírio da paz.


Diou/2001











Insônia      diou/2002

Tudo que eu faço parece ser nada
Os meus sentimentos para você são piada
Acendo um cigarro
Tomo medidas desesperadas
Procuro a saída
Todas as portas estão trancadas
E nada me acalma..nada me acalma...
Renego  minha fé
Digo que foi engano
Renovo a cada ano
Meu voto de silêncio mortal
Viro pro lado e desligo a TV
Enquanto tento não mais pensar
Minha mente gira
Meu coração som quer descansar
O toque letal do telefone
As torturantes luzes da cidade
O movimento violento do pêndulo
Do relógio ao soar meia noite
E assim eu me acabo aos poucos
Enlouquecendo dia-dia
Enquanto o medo consome em meu rosto
Os últimos sinais de alegria.


Promessas    Diou/2001

Quantas promessas nós dois fizemos
Mas afinal
Tudo é questão de tempo
E a minha dor não te diz nada
Eu sei que vou seguir
Sozinho nessa estrada
Você me inclui
Quando faz os seus planos
Como se pudesse
Prever o futuro
Mas sabe no fundo
Que é um engano
Nada é seguro...












Amanhã    diou/2002


É lindo ver o sol nascer
É preciso acordar e aprender
Mesmo sem muita certeza do que irá acontecer
É bom ver a noite cair
Essa noite eu quero é mais sair e...
Vai ser legal..vai ser legal...
Pior é se arrepender
Lembrando o que você não fez
Que surpresa o futuro trará
Apenas quem viver  verá
É preciso curtir o momento
É preciso saber esperar
A hora certa e acreditar que ela
Virá
E vai ser diferente de tudo
Vai ser do jeito que você sonhou
Seja do jeito que for vai ter a cor e o sabor do acaso.







Outono Cinza   De:1997

Não faça amigos e nem prisioneiros
Nesse mundo incerto tudo é passageiro
Não diga adeus nem pense no risco
No seu grande amor ou em qualquer compromisso
Não sai da cama e não abra as janelas
Quem sabe lá fora o que é que te espera
A verdade na janelas desses quartos de hospitais
As mentiras estampadas nos dizeres dos jornais
O silêncio bem no fundo quase sempre fala mais
Toda vez que nos calamos e deixamos para lá
Presos na mesma corrente a mesma escuridão total
Desses homens que acreditam nas notícias do jornal
E alimentam os seus planos de que tudo vai mudar
Que basta tapar os olhos...os ouvidos e rezar.
Ao passar da vida ;;no correr dos anos
Cicatrizes feridas
Pesadelos urbanos
Pode gritar porque ninguém vai te ouvir
E o melhor a fazer é esquecer e dormir
Já não nos resta muito tempo agora
Já é meia noite chegou nossa hora.




Todos sentidos

È o fim...é o fim
Que sugere que a revolução comece já
Como não...quem será...
É assim..é assim...
O céu abaixo do nível do mar...pelo ar...no luar
Solidão...solidão
um louco vaga só na noite escura
onde está...onde estou
eu...aqui eu
sentindo o doce toque da loucura
escuridão...e o som..
quatro paredes....os olhos abertos
cinco sentidos e o medo é o mais certo...
e a noite chega e passa...o fogo aquece e mata...
um vazio...um vazio
ninguém por perto pra poder trocar idéias...e falar...ou calar..quem será...que  chegou
o céu agora é o limite do fim...é  o fim...
a luz que brilha no fim desse túnel azul..á aul...


de: diou 2001





Destino        Letra: Diou/1999

Qual é teu signo...teu sexo...teu medo
Será que agente não combina mesmo
Será que não tem solução
Será que os astros vão reger...
Nossa separação.....
Que deus mais sádico escreveu essa história
Que rumo trágico
Seu triste final
Que bússolas cósmicas vão nos guiar
Aonde esses mapas astrais vão nos levar
Está escrito nos anis do infinito
do tempo espaço e imprevisto
não acredito que nada possa nos separar...
não me peça pra esquecer...
escrever ou apagar
deixa a vida acontecer
e longa vida
aos sonhos teus.






Tempos que virão     Letra: Diou/Marcos Rosa/2002

Preciso me encontrar com você eu preciso saber
Onde você  anda...o que você faz
Preciso me encontrar com você
Eu preciso..desabafar
Contar minhas histórias...lembranças de um lugar
Mas revendo essas memórias nem tudo foi tristeza
Lembro de nós dois em tantas madrugadas
Esperando amanhecer..sem pressa para nada...
Hoje quando eu lembro eu procuro algum sentido
Quando penso sobre o tempo esse tempo inimigo
Quem sabe um dia desse a gente vá se encontrar
Achar graça do passado rir do que nos fez chorar
Esperar novos momentos
Outros tempos que virão.











Retrato    DIOU/2006
A poesia é uma fração..um pedaço
Um amor velado em velhos  candelabros
Um europeu num hotel no Brasil
Saudades de uma nau que partiu
É um velho sozinho num quarto de pensão
À meia luz de um bar
Um soluço na escuridão
É Deus sem os homens
Sem seu alegre teatro
É um monólogo...
Só o artista e o palco
A poesia é um desabafo.
Uma história num ato
Uma canção de Dylan e um último cigarro
É um homem solitário
Uma última dose..uma vida inteira
A confissão mais verdadeira...
A poesia é um retrato.

Diou / 2005






Alquimia
O tempo sempre trabalha por meios estranhos
Encontros e desencontros entre perdas e ganhos
E tudo afinal vale a pena
O tempo é tudo que somos
Deixando de lado o medo o resto são sonhos
E nenhum dos dois teve culpa afinal
Só há culpa entre terceiros....
(e os olhos não perceberam)
Foi tudo tão lindo que não vale a pena
Manchar a tela com anos..macular a cena
A vida sempre trará
Um novo por de sol no entardecer de outro dia
E o amor vai se transformar
Na mais bela flor nessa suave alquimia (do tempo).

Diou 2003










Outro rio
Momentos que vêm e que vão e já são
Parte que foi e ficou e já é
Pedras nas mãos do artesão que serão
Rachas que as águas não mais tocarão
Parte do rio que passou e não é
Mais o mesmo rio que seguiu
Águas que já esqueceram o sertão
Amores sazonais .chuvas de  verão
É que o tempo é maior que a estação
E o coração que a razão
É um circulo eterno que as águas farão
Do rio para o mar até voltar ao sertão
Até encontrar outras mãos.

Diou/2005













Gosto de pensar em mim como parte da paisagem
Uma imagem...anjo ou árvore
Que testemunha os anos nos seus ramos
Nos seus outonos  de espera
Dias tristes e longos
Até a primeira flor da primavera quando renascem as cores
E a vida retorna aos pares
Eu gosto de estar ali..no ar
Na música que embala as folhas
De ver a tarde passar
E tentar adivinhar a intenção das mãos e a direção dos pés
Ver a história recomeçando nos  olhos e nos planos dos garotos
Reinventando os lugares
À rabiscar sonhos lunares
E assim ver o mundo crescer e ficar cada vez menor.


Diou 2005







A ilusão das palavras


Palavra por palavra onde chegar?
Mais perto mais longe?
Ser contraditório ou ser claro?
Se tudo é ilusão nesse mar salgado
Posso ser doce e parecer amargo
Falar e não ser compreendido
Inventar o amor...
E por ele ser traído.


Diou  2005













Testamento

À quem me fez feliz um dia deixo um sorriso
Pra quem vai sentir saudades deixo um adeus....
Pra quem inventou a bomba atômica deixo uma criança
Pra quem já esqueceu deixo lembranças
Pra quem perdeu...até a esperança...
Um novo dia
Pra quem me encontrar desejo paz e vou na próxima nuvem que passar
Me vou..
No coração de quem me levar.


Diou  2005













Delírios de Deus


A vida é um sonho na galeria dos delírios de Deus
Onde ando como um turista entre outros tantos ateus
Imaginando se esses quadros fossem meus
Eu pintaria meus olhos pra sempre junto aos teus
A vida é andar num labirinto de espelhos
Uma ilusão de ótica na busca do perfeito
Um sobressalto no meio de um sono profundo
Um intervalo entre ser e não ser humano
Ah! A vida é só um plano
Um louco plano...eterno...etéreo.e insano.


Diou2005











Viagem

Dias assim..dias que nunca passaram
Dentro de mim...nas cores...nos sons
Vidas em mim....noites que nunca acabaram.
Sonho sem fim...
Bocas ...flores e perfumes
Impressos feito tatuagem
São marcas da vida
Cicatrizes da viagem...
Minha cabeça pesa tanto
Meu corpo só pede descanso
Cansou da poeira da estrada
Só quer voltar pra casa...pra casa.
Vida sem fim
Tantas pedras no caminho
Rosas no jardim.

Diou   2003








O fim dos dinossauros

Murcham-se as rosas ficam os espinhos
E as lágrimas
Se misturando com o pó do caminho
Vem o destino
Vem o destino me dizer que não dá
Que as linhas das minhas mãos não vão cruzar teu caminho...outra vez
E assim eu crio
Assim eu crio meu pequeno universo
Onde eu alinho os meus próprios planetas como eu quiser
E pra recriação começar é preciso
Uma nova grande explosão
O encontro cósmico...sexo ...amor e paixão
E nesse nosso novo universo acredite
As rosas não murcham com o tempo
E as estrelas só iluminam.


Diou 2003








Lá do infinito

Eu estava à toa na minha
Pensando na minha vida
Nos meus grandes problemas
Meu mundinho egoísta
Veio o cara da lua
Perguntou qual a tua
 Eu lhe disse meu caro não entendo esse mundo
Ele disse meu chapa
Já nem ligo pra isso
Venho de muito longe moro lá no infinito
Pra mim sempre é azul me alimento de sol
Planto os meus girassóis
E de quando em vez Deus aprece por lá
Bate um papo e se vai promete visitar
Diz que anda ocupado com essa gente da terra
Que não sabe o que quer mas que vive na espera
Diz que anda grilado lá pela estratosfera
Preocupado com os filhos que tem lá na terra.

Diou 2004




O astrônomo e o astronauta

Há quem precise de sangue fervendo nas veias
E quem guarde o seu na geladeira
Há quem espere por Deus e quem lute por ele
Há quem precise da viagem e quem prefira National Geographic
Há quem nasceu para ir lá
E quem se contente em olhar
Cada um na sua
Atrás do telescópio ou lá na lua
Cada qual inventa
Sua felicidade no seu próprio planeta
E se valer a pena
Quem vai julgar a alegria alheia...
Mesmo que não entenda
Tudo é muito grande e a Terra é só um grão de areia.

Diou 2005











Além do limite

Baby por favor
Não faça mais perguntas
Não tente programar
O dia de amanhã
Não venha me dizer que todas as pessoas são iguais
Que você já ouviu essa história e não acredita em finais felizes
Não tente fazer disso um escudo contra o mundo
Nem acreditar que assim se protegerá de tudo
Somente de olhos fechados pode-se ver o invisível
E só quem não mede altura é capaz de ir além do limite....
Não tente decifrar
 O que trago por detrás dos olhos
Eu não sou tão previsível .. não sou..
A resposta pros seus problemas..
Tenho os meus e também..sinto dor...
Só há um caminho possível
Fazer o que for preciso
Só uma saída pra gente
Fechar os olhos e andar pra frente.



Diou 2001
O Grande dia do vulcão
Sou todas coisas que estão fora do alcance
Dos que nada veem ..nada pensam ...nada sentem
  percebo tudo que parece mais distante
Dos que não sabem que há muito tudo foi
E já que agora isso não é mais novidade
Que os nosso medo justifica tantas grades
E todo dia antes do sol nascer quadrado
Antes que brote outra rosa em Hiroshima
Quando o céu for uma só escuridão
É que está perto o grande dia do vulcão
Não tenha medo e não tenha esperança
Pois nessas horas nada vale o que se tem
E quem não crê no que agora está tão perto
Como espera conhecer o invisível
E quando a lava do vulcão for pó e cinzas
E o que é certo novamente o avesso
Esqueça tudo o que foi e o que seria
Porque no fim tudo é oura teoria...

Diou 2000

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Poesia e tristeza



Poesia e tristeza

A poesia foge na felicidade
Como o diabo correria da cruz
Se não fosse irmão de Jesus
E não conhecesse rimas pobres e a luz
O poeta não feito para a felicidade
Nasceu desesperado...aos prantos
Foi sempre assim em todos os tempos
Pai das flores..filho dos ventos
Angustiado com suas certezas
Sereno nas suas dúvidas
Preciso nos seus versos
Viajante na sua música
Comportado na sua intimidade
Intimidante na sua expressão
Civilizado em seus pensamentos
Bárbaro em sua inspiração
Senhor dos seus sentidos...serviçal dos seus sentimentos
Aos quais se entrega..sensível..solitário..sedento
Sabe que só a dor lhe paga o salário
E que a alegria..ao contrário..só lhe rouba palavras...todas pagas..
Com amor..sangue e lágrimas.

Diou