Moradores em situação de rua
Os números da questão da falta de moradia no Brasil apontam
para as soluções do problema. São mais de 6 milhões de pessoas sem moradia e
mais de 8 milhões de imóveis sem ocupação. Esse são dados sobre todo o
território nacional e, é claro, cada cidade tem seu cenário particular. As políticas no setor de habitação devem ser
mantidas até que todo esse déficit de moradias seja sanado. Porém, mais
preocupante ainda, especialmente no inverno, é a situação dos moradores em
condição de rua. Aqui no Rio Grande do Sul, a partir do mês de junho, quem sai
de casa por volta das 7-8 da manhã não consegue deixar de solidalizar-se com
quem passou a noite ao relento. No caso do nosso Esteio do Rio Grande do Sul,
com 90 000 habitantes acredito que nossa população em situação de rua não seja
muito maior do que de 100 pessoas. Atrapalham no tratamento dessas pessoas
respostas simplistas para o problema, desde as que julgam que a simples construção de albergues
resolvem o caso até as que realmente acreditam que esse moradores de rua não
querem submeter-se às condições de ajuda dos órgãos de assistência. O problema
é de fato um tanto mais complexo do que a simples oferta de abrigo a moradores
de rua. Penso que o Estado tenha um compromisso com a vida de todos os seus
cidadão e que, portanto, devem dar conta de garantir o seu bem estar. Isso
significa, além de suprir as condições de abrigo para pessoas em condição de
rua, suprir a estes todas as condições necessárias ao seu desenvolvimento/recuperação
humano/econômico/social até que o
indivíduo possa não precisar mais destes recursos. Isso compreende assistência
médica, psiquiátrica e psicológica, toxicológica assistência social, inclusive
no sentido da inclusão do morador de rua no mercado de trabalho e da formação
profissional dele se for o caso. Somente com esta perspectiva, de uma
assistência integral ao morador de rua, seremos capazes de garantir , além da
possibilidade de reinserção social dessa pessoa, a tranquilidade que desejamos
ter em relação ao bem estar físico de toda nossa comunidade, sabendo que nossa
cidade se responsabiliza em seu grau mínimo pela garantia dos direitos humanos mais
básicos. Do contrário disso, não estamos aptos a nos denominar “civilização”.
Como é? Os moradores de rua dormem sobre marquises ou procuram albergues em outras cidades.
O que pode ser feito?
Com baixo orçamento, pode ser realizada a compra e a adequação de conteiners para receber moradores de rua,especialmente nas estações mais frias do anos. Estes conteiners podem ser adquiridos a baixos custos e adaptados, em terrenos pertencente ao poder público, para que moradores de rua de Esteio, pelo menos, tenham onde dormir nessas noite frias do RS.