terça-feira, 31 de outubro de 2017

Barulho na escuridão

Barulho na escuridão
O primeiro tiro... na escuridão
estava tão vazio...
Há quanto tempo eu procurava essas balas
no teu quarto e em outras salas
A primeira noite... nessa prisão
teve poesia
Todos os dias que vieram depois
eu tomei banhos...de solidões..
E o primeiro dia de sol não foi um dia de sol
exatamente....
O que incomoda às vezes é o que dói e em outras
o que não se sente...
O primeiro beijo foi bom...mas o primeiro cigarro
foi de repente
A única sensação que talvez
eu nunca mais possa ter novamente.
Diou/2017

Poema bruto

Poema bruto
Se o meu poema é bruto
como meu tempo é curto
eu vivo sem problema
Se me faz a cabeça
eu mergulho fundo
e às vezes nunca chega
É demasiado tarde
mas não acredito
nessa mania inglesa
De ter pra tudo um tempo
agora está escuro
mas vejo com clareza
Lá vem um novo dia
essa bandeira é minha
e nunca foi francesa
E até para ser franco
eu nunca fui tão branco
por isso essa moleza
O preto em minhas veias
tem quadris selvagens
e uma alegria intensa
E nessa corte branca
isso é o que me salva
da febre portuguesa.

Movimento dos sem idéias

Sou a favor da invasão de qualquer propriedade improdutiva, inclusive a intelectual.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Pontos de vista e pontos de fuga

Pontos de vista e pontos de fuga
Se é disso que nós dependemos
essa é a bandeira que defendemos
Contra tudo e a favor de todos
Ninguém será livre se todos não formos
E o resto é bobagem...
Ganhar na loteria
Chegar ao topo do mundo
Tentar o suicídio
Fugir assim de tudo
Pela porta dos fundos
A vida não tem saída...
Até a vitória sempre
não há outro caminho
ninguém nunca está só
mesmo quando está sozinho
O tempo é pouco e voraz
para não ser poema
e a vida é curta demais
para se pequena.

programa E

https://youtu.be/ttCPW9RxUlk

De saco cheio

https://youtu.be/J1Gzb0BwuHA

De pertinho

https://youtu.be/6A2PP-lK1zw

Manifesto Força Popular

Manifesto Força Popular
Definição: Movimento social em prol do avanço da participação popular nos processos deliberativos de todas as esferas do poder público brasileiro.
Argumento:
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
 II - a cidadania;
 III - a dignidade da pessoa humana;
 IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
 V - o pluralismo político.
 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
#democraciadiretars
Reivindicações:
·         Fim da reeleição para cargos parlamentares,
·         Fim do voto obrigatório,
·         Simplificação e redução de quórum para envio de projeto de iniciativa popular
·         Referendo opcional  para embargar projetos de lei com quórum de 0,3% dos votos válidos na última eleição, realizados com auxilio das tecnologias da informática e computação(TICs).
·         Referendo obrigatório para qualquer modificação na Constituição Federal, dos livros constituintes dos Estados ou das leis orgânicas dos municípios, , realizados com auxilio das tecnologias da informática e computação(TICs).
·         Sistema de democracia direta segundo reivindicações anteriores nas três esferas de poder  da federação
·         Fim dos cargos vitalícios para  instâncias superiores do  judiciário e fim da indicação do executivo para esses cargos, devendo ocorrer pleito público para a ocupação destes.
·         Obrigatoriedade de sistemas  de participação e decisão  sobre regimes de operação, abertos a população em todos os órgãos da administração pública.



Contexto histórico/político base para o debate que deve dar origem ao manifesto do movimento.
Todo poder ao povo

Uma grande crise financeira assola o mundo desde 2008 e o Brasil demora a sentir seus efeitos ,devido a existência de um sólido mercado  interno e de vultuosas reservas financeiras; mas finalmente  ela chega ao país quase às vésperas das eleições presidenciais de 2014 e culmina nos movimentos sociais e manifestações  populares de meados de 2013,  que dão início a um grande período de instabilidade política e econômica  persistente  até os dias atuais
As grandes convulsões sociais produzidas no Brasil, principalmente a partir de 2013, em função da insatisfação popular com o sistema político e seus representantes, bem como com a atuação das esferas governamentais da época, desencadearam uma série de novas denúncias contra agentes políticos de todos os níveis da federação. Estas,  vem retroalimentando essa  grave crise política, e por consequência também econômica, até hoje, decorridos já quatro anos do início destas manifestações.
A  grande mídia nacional, longe de exercer um papel esclarecedor sobre esse longo processo em curso, amplifica os desastrosos resultados econômicos e sociais desses eventos,  através da veiculação de informações sem provas, e muitas vezes com viés claramente  tendencioso e direcionado para  atender demandas eleitorais próprias ou de seus maiores clientes.  Estas denúncias desqualificadas, com frequência interferem no fluxo do mercado de capitais, quase sempre de forma calculada para beneficiar os grandes grupos financeiros que, não por acaso, são também os grandes clientes dessa “imprensa livre”.
Os partidos e a classe política brasileira, principais peças em xeque desse processo, fizeram uma leitura superficial  das manifestações de 2013, quando não tentaram oportunistamente cooptá-las. Acenaram com transformações internas nas suas estruturas partidárias que, por vezes, não iam além mudar o nome dos seus partidos , ou de lançar mão de demagógicas propostas sobre saneamento do processo eleitoral e do sistema político, que nem de longe arranhavam o velho e viciado sistema criado e recriado para reproduzir-se e para se fortalecer-se.
E , finalmente, na ponta ou no início desse círculo, semelhante a uma cobra que morde a própria cauda, está o cidadão, tão descrente do poder quanto longe desse, dividindo sua indignação entre a impotência e a desilusão.
Hoje ainda, passado de meados de 2017,  diversas são as repercussões desta conjuntura política/social que teve inicio em 2013, e nenhuma dessas parece favorável ao povo brasileiro. As denúncias persistem e  o denuncismo oportunista da mídia cresce. O cenário político, às vésperas de novo pleito presidencial é mais indefinido que nunca e  a classe política não acena com grandes novidades para o eleitor.
Nesse vácuo surgem oportunistas das mais variadas vertentes da nossa vasta fauna política, com propostas que até o bom Deus duvida. Eduardo Galeano, em 2013, falando sobre a quantidade de jovens que deixaram de votar na Espanha naquele mesmo ano,argumentava, que os mesmos não haviam abandonado o processo democrático porque deixaram de acreditar neste e, sim , porque não mais acreditavam na forma que aquele processo lhes era oferecido. Ou seja, passaram a desconfiar , não da democracia em si como sistema de governo, mas dos seus métodos. Deixaram de crer  no que lhes foi oferecido sob o sequestrado nome da democracia e não no ideal democrático em si. Esse, acredito, seja o lugar onde estamos hoje no Brasil. Queremos democracia. Queremos lutar, mas não com essa farda.
Esse processo democrático baseado no voto, trocado pelo interesse direto  do eleitor(seja ele a troca da lâmpada de um poste, uma cesta básica, asfalto na rua, um furo na fila do SUS, um cargo de R$30000,00 em Brasília ou qualquer espécie de favorecimento pessoal)e que não contempla o bem maior da sociedade como um todo, é também um exercício egoísta/individualista que estimula e tem como consequência a desagregação e o enfraquecimento dos setores sociais, e o simultâneo fortalecimento das esferas privadas bem representadas pelos donos dos grandes capitais , que via de regra não contemplam os principais interesses públicos.
Não é exagero, neste momento, afirmar que ninguém nos representa. É exatamente assim que nos sentimos quando mesmo o candidato em quem votamos, assume seu mandato com uma plataforma política ou uma linha de ação, que muitas vezes destoa totalmente daquela da campanha política que o elegeu. Isso, sem falar nos muitos que não tiveram seus candidatos eleitos ou mesmo que não votaram em ninguém. De fato, ninguém os representa.
Isso é o que  o atual modelo eleitoral e político promove e estimula. Também não há neste modelo absolutamente nenhum estímulo a emancipação política da população. A disputa se dá em um ambiente que, além de ser  impróprio para nos fazer refletir sobre as grandes questões que dominam nossas vidas como cidadãos, ainda aliena o eleitor, seja o levando a descrença total por esgotamento psicológico, seja vendendo ilusões que o marketing político traveste de esperança. Não há, enfim, nenhum diálogo sério e não impositivo, e nem condições para que isso prolifere no ar viciado do sistema político brasileiro atual.
De dois em dois anos, o que fazemos é, na verdade, assinar um cheque em branco para  o candidato que julgamos ser o menos pior,  entre os que aí  estão a apertar indiscriminadamente mãos e a distribuir tapas nas costas. E ainda pior do que isso, há os que apostam no cavalo vencedor e entregam novamente sua procuração ao equino favorito e a sorte do país nas mãos da entidade metafísica de sua preferência.
Assim, talvez caiba a nós, que habitamos o fundo desse poço, debater e decidir como sairemos daqui. Talvez, erremos o caminho, e aí não tem saída senão aprender com o erro, voltar ao debate e bater a cabeça na parede até encontrar saídas. E afinal, o que temos feito até então senão agredir paredes a cabeçadas. Contudo, é fundamental que esse debate seja constante e não apenas de dois em dois anos. Ele necessita de continuidade. Na verdade, já fazemos isso nas redes sociais o tempo inteiro. As chamadas TICs (tecnologias da informática e da computação) recolocaram o debate político no nosso dia a dia, e deram a voz (ou pelo menos alguma voz)que não tínhamos  antes delas. Porém, apesar dos calorosos debates que travamos  nesse espaços, nossa indignação ainda parece ser uma mosca sem asas que não vai muito além do nosso monitor e muito menos parece chegar nas câmaras secretas de Brasília. Nossa Constituição Federal segue sendo diariamente vilipendiada ao gosto de interesses diversos sem que possamos, de fato, reagir até as próximas eleições.
Faltam, à nossa boa vontade para o debate, ferramentas que garantam que ,mais que  poder opinar ou mesmo participar, possamos de fato deliberar sobre os leis que regem nossa vidas. Afinal, como reza nossa carta magna em seu artigo 1°, parágrafo único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou DIRETAMENTE, nos termos desta Constituição. ( O GRIFO FIZ POR GOSTO).
Não tenho dúvidas de que o estabelecimento de uma sociedade brasileira mais justa e de um regime democrático mais próximo do que esperamos e acreditamos passa, necessariamente pelas sofridas mãos do seu povo. Ninguém, que não tenha  também a mão em calos até a camada mais funda da alma, pode sentir o que sentimos e nem nos representar a contento. Somente no debate de peito aberto  com nosso próximo, sujeitos a todas as possíveis contradições da nossa existência humana e, por essa condição, também política, defendendo nossas teses, sujeito a suas antíteses e na busca de uma síntese, é que avançaremos rumo a uma nação mais solidária e mais capaz de resolver seus próprios problemas sem a crença que seus heróis ou deuses o farão.
O que fazer, como questionaria o velho Lênin , ou como fazê-lo, e as implicações de tal empreitada são trabalho para um grupo, ou melhor, para um povo. A Suíça, a Islândia e outros regimes democráticos do mundo acharam caminhos para aperfeiçoar seu processo democrático e nós brasileiros certamente já temos maturidade para encontrar o nosso, e  quiçá iniciar um novo tempo na história da nossa democracia, dessa vez, pelas mãos do povo.

Diônata Matos(Diou)/Outubro 2017

Projeto:
- Criar um movimento social aberto para a promoção da bandeira da democracia direta nas redes sociais.
- Projetar a candidatura de um mandato estadual para 2018 que paute todos seus eixos de atuação, tendo como elemento transversal fundamental a evolução do sistema democrático brasileiro.
- Criar dentro do Partido dos trabalhadores um novo grupo político que reúna entusiastas desse projeto político, destinado a retomar um diálogo com a população sobre democracia, capaz de sobrepujar o atual quadro de polarização política que nos últimos anos estabeleceu um muro entre nós, militantes de esquerda e boa parte do eleitorado. Esse grupo também deve ter como objetivo a promoção de relações  de participação e deliberação mais horizontais dentro de sua própria estrutura de funcionamento, do Partido e das diversas  esferas do poder público.

Plano Operacional:
Ação
Prazo


Reunião para fundação do grupo
08/11
Montagem GT candidatura
08/11
Montagem peças publicitárias
15/12
Inicio da divulgação das peças
15/12
Montagem Manifesto
15/12
Publicação Manifesto
15/12
Montagem Programa mandato
15/12
Procura de apoios institucionais
01/12
ETC






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