terça-feira, 31 de outubro de 2017

Poema bruto

Poema bruto
Se o meu poema é bruto
como meu tempo é curto
eu vivo sem problema
Se me faz a cabeça
eu mergulho fundo
e às vezes nunca chega
É demasiado tarde
mas não acredito
nessa mania inglesa
De ter pra tudo um tempo
agora está escuro
mas vejo com clareza
Lá vem um novo dia
essa bandeira é minha
e nunca foi francesa
E até para ser franco
eu nunca fui tão branco
por isso essa moleza
O preto em minhas veias
tem quadris selvagens
e uma alegria intensa
E nessa corte branca
isso é o que me salva
da febre portuguesa.

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