quinta-feira, 7 de junho de 2018

Moradores em situação de rua


Os números da questão da falta de moradia no Brasil apontam para as soluções do problema. São mais de 6 milhões de pessoas sem moradia e mais de 8 milhões de imóveis sem ocupação. Esse são dados sobre todo o território nacional e, é claro, cada cidade tem seu cenário particular.  As políticas no setor de habitação devem ser mantidas até que todo esse déficit de moradias seja sanado. Porém, mais preocupante ainda, especialmente no inverno, é a situação dos moradores em condição de rua. Aqui no Rio Grande do Sul, a partir do mês de junho, quem sai de casa por volta das 7-8 da manhã não consegue deixar de solidalizar-se com quem passou a noite ao relento. No caso do nosso Esteio do Rio Grande do Sul, com 90 000 habitantes acredito que nossa população em situação de rua não seja muito maior do que de 100 pessoas. Atrapalham no tratamento dessas pessoas respostas simplistas para o problema, desde as que julgam  que a simples construção de albergues resolvem o caso até as que realmente acreditam que esse moradores de rua não querem submeter-se às condições de ajuda dos órgãos de assistência. O problema é de fato um tanto mais complexo do que a simples oferta de abrigo a moradores de rua. Penso que o Estado tenha um compromisso com a vida de todos os seus cidadão e que, portanto, devem dar conta de garantir o seu bem estar. Isso significa, além de suprir as condições de abrigo para pessoas em condição de rua, suprir a estes todas as condições necessárias ao seu desenvolvimento/recuperação  humano/econômico/social até que o indivíduo possa não precisar mais destes recursos. Isso compreende assistência médica, psiquiátrica e psicológica, toxicológica assistência social, inclusive no sentido da inclusão do morador de rua no mercado de trabalho e da formação profissional dele se for o caso. Somente com esta perspectiva, de uma assistência integral ao morador de rua, seremos capazes de garantir , além da possibilidade de reinserção social dessa pessoa, a tranquilidade que desejamos ter em relação ao bem estar físico de toda nossa comunidade, sabendo que nossa cidade se responsabiliza em seu grau mínimo pela garantia dos direitos humanos mais básicos. Do contrário disso, não estamos aptos a nos denominar “civilização”.

Como é? Os moradores de rua dormem sobre marquises ou procuram albergues em outras cidades.

O que pode ser feito?

Com baixo orçamento, pode ser realizada a compra e a adequação de conteiners para receber moradores de rua,especialmente nas estações mais frias do anos. Estes conteiners podem ser adquiridos a baixos custos e adaptados, em terrenos pertencente ao poder público, para que moradores de rua de Esteio, pelo menos, tenham onde dormir nessas noite frias do RS. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário