As veias abertas da
América Latina
Eduardo Galeano -1970 ( 1° Edição)
SINOPSE
Remontando a 1970, sua primeira edição, atualizada em 1977, quando a
maioria dos países do continente padecia facinorosas ditaduras, este livro
tornou-se um 'clássico libertário', um inventário da dependência e da
vassalagem de que a América Latina tem sido vítima, desde que nela aportaram os
europeus no final do século XV. No começo, espanhóis e portugueses. Depois
vieram ingleses, holandeses, franceses, modernamente os norte-americanos, e o
ancestral cenário permanece - a mesma submissão, a mesma miséria, a mesma
espoliação.
As veias abertas da América Latina
Nota de leitura: É impressionante
que este livro de Eduardo Galeano tenha sido escrito no início dos anos 70, sobre uma história que
começou nos anos 1500 e que o mesmo permaneça tão atual. Galeano poderia
continuar escrevendo sobre as garras do capital sobre a América Latina quantos
capítulos desejasse com os novos atores que agora ocupam seus governos e com os
velhos atores que ainda são donos das mesmas empresas/ corporações ainda sangram a América Latina e o mundo.
Galeano é genial na sua crítica porque escreve com a simplicidade e a coragem
(que muito lhe custou) que os mais renomados sociólogos/ “especialistas “ da
área não fizeram. Como ele mesmo afirma, foge da linguagem “hermética “,
fechada em si mesma e para o mundo da Academia. Foge também do discurso
panfletário, dos gritos de guerra e lugares comuns dos radicais de esquerda
ainda gripados da Guerra Fria e de tantos vícios da ex URSS. Nesta fuga
apresenta um horizonte novo para a luta revolucionária enquanto estende o
tapete vermelho de injustiças sociais da América Latina, preocupa-se que ele
pelo menos conduza o leitor a luta para que os próximos quinhentos anos sejam
melhores para a América do que foram os últimos.
Diou
Há dois lados na divisão
internacional do trabalho: um em que alguns países especializam-se em ganhar, e
outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que hoje
chamamos de América Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os
remotos tempos em que os europeus do Renascimento se lançaram pelo mar e
fincaram os dentes em sua garganta.
– Eduardo Galeano em Veias abertas da América
Latina.
Os índios das Américas
somavam entre 70 e 90 milhões de pessoas, quando os conquistadores estrangeiros
apareceram no horizonte; um século e meio depois tinham-se reduzido, no total,
a apenas 3,5 milhões.
– Eduardo Galeano em Veias abertas da América Latina.
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